Com 64 anos e 23 armas, Stephen Paddock dispara em Las Vegas.
De que gostam os brasileiros? Regionalizemos a resposta.
Os mineiros adoram pão de queijo e os gaúchos churrasco. Os baianos oram todas as preces por uma chuva e os paulistas pela Presidência da República.
De que gostam os americanos? Nossos inlós do norte gostam de carros e, primeiramente, de armas.
Se eles pararem de comprar carros e armas, a economia de lá vai pro beleléu.
Os filmes roliudianos reproduzem as preferências deles. Carros voam pelos ares e balas sibilam de armas modernas, velozes e surpreendentes.
Pararam o mundo para salvar a indústria automobilística em 2008 e inventam uma afronta de vez em quando, para teste de seus equipamentos militares, de olho numa guerra de fim de mundo, um vis-a-vis com os chineses ou uma tempestade com os coreanos do norte. Abra o olho, Kim Jong-un.
Mas, voltemos à linha dos argumentos iniciais.
Os inlós compram muitos carros e muitas armas.
Sem uma garagem enorme e um porão secreto, suas casas não ingressam no mercado imobiliário.
Vira e mexe, alguém sai do porão, empilha armas no porta-malas do carro e passeia até a matança planejada, alcançando inocentes de todas as idades.
Ainda nesta semana, um sujeito até então conhecido pela aposentadoria que levava na maior tranquilidade, um tal de Stephen Paddock, de posse de seus 64 anos e 23 armas, disparou contra uma multidão que se divertia em show country em Las Vegas, perto do hotel que escolhera, estrategicamente, para o assassínio.
Outros já invadiram cinemas, escolas infantis e parques.
Vêem na facilidade de aquisição de armas o protocolo necessário, um segredo estatal revelado, uma licença para matar.
Na próximo viagem que fizer aos EUA, fique de olho.
Aparecendo um guri no armazém onde faz suas compras pedindo uma bala, saia correndo.